Na última quarta-feira, 4 de junho de 2025, o britânico Tom Lowe viveu mais um episódio dramático em sua trajetória nas ondas mais perigosas do mundo.
Durante uma sessão intensa em Teahupoo, Taiti, Lowe ficou submerso após ser engolido por uma série de três a quatro ondas consecutivas. Foi encontrado inconsciente e sem pulso na famosa lagoa da bancada taitiana.
O resgate foi realizado por Sage Burke e Vetea David, que puxaram Lowe já desacordado da água.
“Quando o encontramos, ele não respirava e não tinha pulso”, contou Burke. Os dois iniciaram de imediato a reanimação cardiopulmonar (R) na própria lagoa, conseguindo trazer o surfista de volta à vida antes de seu transporte de emergência até um hospital em Papeete, onde segue internado em estado estável.
O fotógrafo Tim McKenna, que estava presente e registrou o momento do resgate através das câmeras de streaming da Surfline, foi quem revelou o ocorrido.
As imagens mostram parte da operação, mas um misterioso intervalo de dez minutos durante o incidente parece ter sido removido da transmissão.
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Em sua conta no Instagram, Lowe desabafou:
“Aqui estamos. Quais são as chances de quase morrer de novo na primeira vez surfando Teahupoo? Sou eternamente grato por ainda estar aqui. @veteadavid e @sage\_burke são meus anjos da guarda.”
Segundo Lowe, ele não se lembra de absolutamente nada do acidente, apenas de ter tossido sangue e água no porto.
“Disseram que fiquei apagado por uns dois ou três minutos. Provavelmente fui nocauteado no reef. Assusta não lembrar de nada.”
Mesmo após mais esse susto, Lowe não descarta um retorno à bancada mais temida do planeta:
“Será esse o fim de Teahupoo pra mim? Não sei. Vai ser difícil não voltar a esse lugar mágico. Agora só estou agradecido por estar vivo e poder abraçar minha família.”
Essa não foi a primeira vez que Lowe teve um encontro traumático com Teahupoo. Em abril de 2024, ele sofreu uma queda brutal que lhe causou cinco costelas quebradas e um pulmão perfurado.
Naquele episódio, conseguiu nadar até a costa antes de ser levado de helicóptero ao hospital. “Nunca estive tão perto da morte como naquela vez”, revelou na ocasião.
Agora, pouco mais de um ano depois, o britânico enfrenta outro desafio de recuperação — com água ainda sendo drenada dos pulmões e exames em andamento para detectar possíveis lesões internas.
Tom Lowe, conhecido por sua coragem e intimidade com as ondas mais letais do planeta, parece ter ganhado mais uma chance. E segue provando que, para surfar Teahupoo, é preciso mais do que coragem — é preciso renascer.
Fonte Surfer